quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Você já ouviu falar em `justiçamento´?





É a justiça com as próprias mãos, no entanto, não mais vivemos em terras de Coronéis. Contudo existem pessoas que tem certeza que vivemos numa!
Começo assim essa conversa com os nossos milhares de seguidores, para fazer alguns esclarecimentos sobre Portaria publicada nesta terça-feira (12) no jornal Comarca de Garça, página 10, onde, com base no Artigo 175, Parágrafo V, fui demitido após Processo Administrativo Disciplinar aberto pela atual Administração Municipal. 

Passando por cima da Declaração Universal dos Diretos Humanos, que considera sagrado o direito à vida e à liberdade de expressão, e com base no Estatuto do Servidor Municipal, datado de 1991, pasmem, elaborado logo após a Constituição de 1988, os membros da Comissão que julgaram o Processo, todos comissionados (indicados pelo Executivo e detentores de cargo de confiança ) assim concluíram, creio, por seus juízos e que ousamos discordar. 

Esquecendo do pai de família, da labuta de todos os dias, do sustento tirado ao final de cada mês, dos seres humanos que dependem da renda para viverem com dignidade, execraram um funcionário estatutário por "Incontinência Pública" e "Atitude Escandalosa". Esses foram os termos utilizados para justificar esse absurdo ocorrido,  que na verdade são sinônimos claros, e todos sabem disso, de  uma potencial perseguição política, de desrespeito à liberdade de expressão, de retaliação, enfim, de uma série de atrocidades, típicas de um período de trevas, que pensávamos não existir mais.

Um funcionário que nunca faltou um dia sequer em sua trajetória no serviço público. Um professor, elogiado por seu profissionalismo, assiduidade e pontualidade pela direção e coordenação da escola onde vinha atuando desde janeiro de 2013. Uma pessoa de grande contribuição ao esporte e com uma vida proba e honesta, reconhecida por quem o verdadeiramente conhece.

Inconformados com a atuação do jornalista Marco Antonio Morais - esqueçam o professor agora -, aquele que não tem rabo preso com ninguém e que mostrou fatos relevantes sobre o declínio esportivo de nossa querida cidade, além de muitas mazelas e absurdos ocorridos nos últimos tempos, procuraram usar a máquina pública para puni-lo. Para cerceá-lo. Para intimidá-lo. Para impedi-lo de continuar publicando a verdade. Para calá-lo, simplesmente desprezando o direito sagrado da liberdade de expressão. De quebra, evidenciaram o desejo de destruir uma família, de desprovê-la dos mais essenciais itens de subsistência, a partir do mais baixo dos atos: a potencial perseguição política.

Porém, todas as providências estão sendo tomadas. Confiamos, eu e o meu defensor, na Justiça. Provaremos a grande injustiça e o verdadeiro`justiçamento´ ocorrido. Mostraremos que Garça não tem dono, não é uma terra de Coronéis. Que aqui a Justiça deve predominar e imperar. 

Um lugar onde possamos viver felizes, desempenhando as nossas funções profissionais e criando os nossos filhos, valorizando os nossos familiares e amigos. Sem perseguição, retaliação ou ódio. Uma cidade feliz. Uma feliz cidade.

Para finalizar, gostaria de agradecer o grande apoio que tenho recebido. Até me surpreendeu a intensidade dos mesmos, sempre seguidos de alguns substantivos como “absurdo”, “ inacreditável”, “força”, “acredite”, “vergonha”, entre tantos outros.

Muito obrigado.