sábado, 4 de fevereiro de 2017

Recordar é Viver: "Waldir Peres, um embaixador de Garça"













Por Wanderley `Tico´ Cassolla


Um dos principais objetivos da coluna é resgatar a memória do esporte garcense, seja no futebol profissional ou no amadorismo. Recordar através de fotos os grandes times e jogadores que desfilaram nos gramados ao longo dos anos.

Também damos uma atenção especial aos esportistas e garcenses em geral que procuram divulgar o nome de Garça pelos “quatros cantos” do Brasil. Se fossemos enumerar  daria uma lista extensa, mas dentre os principais não podemos esquecer do ex-goleiro Waldir Peres Arruda, do ex-lateral Roberto Carlos, dos radialistas/jornalistas José Nello Marques, Zancopé Simões, Tadeu de Brito, os corredores Rosarinho e Edson Marques, os esportistas Celso Luiz Ramos, Bidiu, Serginho Zancopé, o santista José Antonio Lourenço e tantos outros.

Ainda recentemente tivemos a oportunidade de assistir na net (Youtube) uma interessante entrevista que o Waldir Peres, deu ao jornalista Jota Bê, titular do “No Balcão do Tristeza”.  O ex-guapo que marcou época no gol do São Paulo, em inúmeras oportunidades fez questão de falar o nome de Garça, onde sua carreira começou. A entrevista tem a duração de aproximadamente 20 minutos e merece ser vista pelos leitores.

Na sexta feira (03/02), o “guapo” participou do programa “Os Donos da Bola”, na TV. Bandeirantes, comandado pelo craque Neto, o eterno “xodó” da fiel corintiana, e novamente falou de Garça. Veja na foto Waldir Peres (esq.), Neto e Muller.

A propósito Waldir Peres tem um título concedido pela Câmara Municipal de “Cidadão Benemérito”, ainda não entregue. Quem sabe numa data próxima ele venha receber o importante título, por ser um dos maiores divulgadores do nome de Garça. Recentemente Waldir Peres esteve em nossa cidade, para tratar de assuntos profissionais, onde encontrou com vários amigos, dentre os quais o santista Betão Manflin e o Massamitsu Yamaki (fotos), o “treinador” do goleiro no início de carreira. Também nos presentou com uma figurinha do Futebol Cards devidamente autografada.

A CARREIRA: Depois de brilhar nos equipes amadoras do Corintinha, do Luiz Conessa, do Paulistinha, do Egídio e do grande time do Serenata, Waldir Peres foi contratado pelo Garça, assinado contrato profissional do ano ade 1.969. Na época revezava com os goleiros Belmiro e Plinio Cabrini. Logo de cara o primeiro título: campeão da então segunda divisão paulista. Em 1.970 foi contratado pela Ponte Preta, de Campinas. Com grandes atuações na “macaca campineira” acabou assinando com o São Paulo. No glorioso tricolor paulista jogou por 11 anos e 617 jogos, que, segundo o "Almanaque do São Paulo", de Alexandre da Costa, conseguiu 296 vitórias, 193 empates e 122 derrotas, tomando apenas 190 gols. Também foi o goleiro com maior série de tempo (694 minutos) sem sofrer gol no Campeonato Brasileiro, marca superada apenas por Rogério Ceni, com 988 minutos invicto. 

Foi um especialista em defender pênaltis, nas decisões do campeonato paulista contra a Portuguesa Desportos, e no campeonato brasileiro de 1.977, contra o Atlético Mineiro. Waldir Peres jogou ainda no América do Rio, Corinthians, Guarani, Portuguesa de Desportos, Santa Cruz, encerrando a carreira na Ponte Preta. Disputou três Copas do Mundo: em 1.974 (Alemanha), 1.978 (Na Argentina) e 1.982 (Espanha), esta como titular na memorável seleção do técnico Telê Santana. 

Na seleção Brasileira disputou 30 jogos, que segundo o livro "Seleção Brasileira 90 Anos", de Antônio Carlos Napoleão e Roberto Assaf, foram 25 vitórias, quatro empates, uma derrota e 20 gols sofridos. Utilizando de muita catimba para defender pênaltis, fez um jogo histórico no dia 19 de maio de 1.981. No Estádio Neckarstadion, na cidade de Stuttgart (Alemanha), defendeu duas cobranças do lateral Paul Breitner, considerado o melhor o mundo, que até então nunca havia perdido uma penalidade na carreira.